domingo, 1 de dezembro de 2013

Rosa Soares..."O prodígio da literatura Angolana"

 
 
Fiquei de boca aberta quando a nossa mais nova escritora, no final do mês de Setembro, numa conversa no chat do facebook , disse-me que provavelmente publicaria o seu livro em Novembro, e na realidade foi o que aconteceu, no dia 29 de Novembro Rosa Soares publicou o seu livro "Uma versão diferente da vida", de 77 páginas, que contam uma história fascinante, não apenas pelo conteúdo ou pela consistência da história, mas sim pela grande capacidade que Rosa Soares teve para produzir cada momento, cada emoção e cada sentimento das personagens. E o mais incrível é que o livro foi escrito na primeira pessoa, o que é muito difícil para um iniciante, e até para alguns escritores de renome, que vivem criticando os livros escritos nessa forma, e essa escolha permitiu a Rosa Soares transmitir com claridade aos leitores os sentimentos das personagens, e acredito que quando escrevia esquecisse de si e vivia a personagem pois os escritos na primeira pessoa têm esta particularidade.
Eu li o livro completo em 3 horas, repeti várias vezes algumas passagens que achei deslumbrantes, nem vi o tempo a passar, o livro de Rosa também tem essa qualidade de prender o leitor.
E quero lembrar que Rosa Soares tem 17 anos, e por ter a coragem e a imaginação, que lhe deu a capacidade para escrever este livro, e por acarretar um potencial que lhe concede uma tendência de progressão enorme, considero-a num prodígio da literatura nacional..
Se tens alguma dúvida caro leitor, compre o livro e deslumbra-te com a história, porque só ela pode quebrar com as suas dúvidas...

Rosa Soares é escritora do blogue agridoce...

Texto escrito por Duval Cabral

sábado, 12 de outubro de 2013

2ª Parte: "Lágrimas Profundas"

Depois dele ter terminado não fechei os olhos e nem sequer tirei-os do tecto por nenhum segundo. parecia ter perdido os sentidos, nem sentia sequer o meu respirar, era como se eu tivesse morrido, e foi assim durante um bom tempo, e num instante surgiu uma energia fora do natural em mim parecia ser uma alma a entrar em meu corpo e a auxiliar a minha alma, que naquele momento estava praticamente morta, ou seja, sem vontade de viver. Levantei da cama  mas sem sentir o meu corpo, e com os pés descalços  e em passos descompassados sai de casa, com o vestido de noite que parecia um trapo rasgado que cobria o meu corpo.. O sol já nascia e as ruas da cidade Luanda já estavam preenchidas de gente, e andava sem olhar para os pormenores do meio em que circulava, parecia louca, acredito que tinha passado mesmo por um momento de perturbação  mental, não me lembro de rostos, de lugares, não me lembro de ter comido alguma coisa, de falar e nem sequer de fechar os olhos para dormir nas noites em que  apanhava a quentura da fogueira com os mendigos, e nem de sentir o meu corpo, que estava extremamente magro, que durante esse tempo foi protegido por uma coberta que encontrei em meus caminhos.
Os pés estavam rasgados, cheios de calos, mas não sentia a dor , não havia sentimentos em mim. E cada vez mais me sentia desequilibrada,sem forças, completamente desnorteada, parecia que a energia que sentia estava a desaparecer, e numa noite de sexta-feira, andava perdida com um maior descompasso, e a energia estava na sua ultima gota, meu corpo ficou sem forças, a escuridão tornou-se intensa em meus olhos e cai....
Abri os olhos  com grande dificuldade, a luz feria-os, tentei protege-los com a mão direita e magoei-me com a agulha que tinha na veia, estava a apanhar soro, era o terceiro balão. E apareceu um rosto negro de uma mulher com o cabelo curto e frisado que nem um rapaz, e acarretava naquele instante um sorriso contagiante.
- Olá menina! Tens de agradecer a Deus por teres aberto novamente esses lindos  olhos claros. Falou acariciando meu cabelo.
Olhei para os lados e notei que estava num quarto de super classe de uma clínica de renome nacional, olhei para a bata da enfermeira, mas não tinha o nome da clínica.
- Como eu vim parar aqui? Perguntei serrando os dentes. Foi a primeira vez que falei desde o sucedido.
- Um jovem trouxe você até a nossa clínica. Respondeu surpreendida. - Ele não é o pai da criança?
- Qual criança?
- Ainda não sabes?com um sorriso mais intenso. -você esta grávida! O sorriso da enfermeira perdeu a intensidade  ao notar as lágrimas a escorrerem sobre o meu rosto.
- O que foi menina ? Não é motivo para chorares. Abanei a cabeça para direita à esquerda inúmeras vezes.
- Não, não, não pode ser! Não pode ser verdade. Lamentei com os dentes serrados.
- Oh menina! Precisas ter calma, não chores. Limpou minhas lágrimas com a sua mão. - Como te chamas?perguntou. - Flor. Respondi sem animo.
- Que nome lindo, tem tudo haver contigo, eu vou buscar uma ficha para preencher os teus dados, e vou ligar ao Imael para avisar que já despertaste. E num segundo ela desapareceu do quarto.
Parecia que o céu tinha caído sobre mim, que Deus tinha me abandonado, eu estava só no mundo, sem sequer uma bengala de consolo.
Tirei a agulha da minha veia, senti alguma dor, o braço parecia uma pedra, coloquei os meus pés descalços ao chão e senti a dor  das feridas e dos calos, e me sentia meia tonta.
- preciso de sair daqui! Andava em rodeios, fui até a janela , olhei para fora, estava no segundo andar.
Abri a porta e havia um grupo de enfermeiras no corredor, para sair sem ser notada tinha que trocar de roupa, tirar aquela bata, parecia uma tarefa difícil, mas sai do quarto na mesma, os enfermeiros estavam distraídos, não notaram, e andei perdida pelos corredores do hospital e por sorte estavam vazios. Cheguei até ao vestuário dos funcionários de limpeza, parecia a de um clube de futebol de grade nível, um dos chuveiros estava ligado, era intenso o barulho da água sobre o chão. Por cima do banco comprido tinha um uniforme que tinha acabado de ser usado, sem demora tirei a bata e coloquei o uniforme e olhei para o espelho. O meu rosto estava magro, amarrei o cabelo e sai, sem ninguém se aperceber.
E quando estava completamente fora da clínica lembrei que não tinha pra onde ir, isso quase levou-me a loucura, senti a cabeça a esquentar , o coração batia muito mais rápido , o sangue sobre as veias era mais veloz, coloquei as mãos na cabeça e sentia o mundo a girar, o barulho dos motores e das buzinas dos carros magoavam meus ouvidos, me encolhi , com os joelhos sobre o queixo, as mãos na cabeça e a costa encostada numa parede....

  Continua...

    Duval Cabral in "Lágrimas Profundas"

Um escritor fantástico




Sidney Sheldon (Chicago, 11 de Fevereiro de 1917Rancho Mirage, 30 de Janeiro de 2007) foi um escritor e roteirista norte-americano. Durante sua vida, Sheldon publicou dezoito romances; todos alcançaram a lista de mais vendidos do jornal The New York Times. Eles totalizaram mais de 300 milhões de cópias vendidas, com traduções para 51 idiomas, distribuídos em cerca de 180 países;1 por esse fato, ele é considerado "o escritor mais traduzido do mundo" pelo Guinness.O escritor também é creditado por 250 roteiros televisivos, seis peças para a Broadway e 25 filmes.
A estreia de Sidney como escritor de romances ocorreu em 1970, quando publicou seu livro A Outra Face. Ele decidiu lançar o suspense como livro por que achou que era muito "psicologicamente variado" para cinema, TV ou palco; a história de um psicólogo que é acusado de assassinato foi vendida para a editora Morrow por mil dólares.A Outra Face foi nomeado "Melhor Livro de Estreia" nos Edgar Allan Poe Award de 1971. Seu segundo livro foi O Outro Lado da Meia-Noite, lançado três anos depois do primeiro; ele alcançou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times e permaneceu nela por 53 semanas.A partir de então ele passou a dedicar-se aos livros, lançando diversos outros bem sucedidos, como A Ira dos Anjos e Se Houver Amanhã.
Apesar de ter sido bem sucedido em suas vendas, o autor nunca foi aprovado pela crítica, que publicava resenhas geralmente depreciativas.Várias de suas obras foram adaptadas para séries ou filmes, muitas vezes tendo o autor como produtor.

Os livros que eu li e achei fantástico:


 

"Sentimento incógnito"


 
Tento sentir
o que sentes por mim
mais é impossível sentir
mas mesmo assim
sinto o coração a partir
por não sentir
o que sentes por mim

por isso me sinto só como a solidão
que abala um coração sombrio
sem piedade, sem perdão
sinto-me como rio que se arrasta
fora do seu leito
que esmaga e traz a dor
sobre o meu peito.

      Duval Cabral in "A caneta e o pedaço de papel"

"Cinzas"...


Nem tudo o que sinto pode ser escrito, é que nem uma cratera de um grande meteorito, difícil de se apagar... Eu escreveria tudo o que sinto por ti, mas o meu ser não permite...
A chama queima cada palavra, cada verso, cada escrita, e me restam apenas cinzas...
mas tu és o ponto de partida de cada escrita, o leito de cada verso, a alma de cada texto, de cada prosa, de cada poema...
O que escrevo não é mentira da minha mente, nem fruto da minha imaginação, nem o fingir da minha inspiração, mas sim a verdade, mas sim as cinzas das chamas dos meus sentimentos por ti, mas sim a reacção do meu coração quando próximo estas...

            Duval Cabral in "A caneta e o pedaço de papel"

sábado, 28 de setembro de 2013

1ª Parte: "Lágrimas Profundas"


Olhava para o relógio atentamente, meu rosto estava completamente roxo devido a complexa equação de preocupação e aflição, 3h:45m e ele não está aqui, ele nunca teve esse tipo de comportamento, apesar de ultimamente a frustração ter afunilado a sua cabeça, e tentando afogar as magoas e as dores em mil copos de fino, acaba por maltratar-se ainda mais...Tenho tentado fechar os olhos mais nem por um segundo permaneço com eles fechados ,levantei da cama  e apreciava o meu rosto com ajuda da luz da vela, o espelho rachado na vertical que dividia o meu rosto em duas partes. Faz muito tempo que não consigo encontrar minha identidade por não me enquadrar em minha realidade...
de repente surgiram gritos lá de fora, a voz não era estranha, apesar das palavras serem maltratadas em atropelos constantes, misturadas com palavrões, tinha quase a certeza que era ele ,pela hora preferi esperar ele bater a porta, mas sai do quarto a correr para sala e cai, por ter pisado em um pequeno buraco, a minha casa era quase toda esburacada, o chão  era de terra batida e nas paredes era visível os blocos, ou melhor, a casa estava inacabada. Levantei-me e fiquei de pé próximo da porta, a ansiedade de lhe ver a entrar era extrema, ele era a única coisa que me tinha restado no mundo, ele bateu a porta com uma grande força.
- Flor, p*** de m*** abre essa porta! gritou. Eu assustei, dei um passo para atrás, suspirei.- Já abro pai, só um segundo. Abri a porta,ele entrou e com o seu jeito ultimamente rude empurrou-me para o chão. - Porque demoraste ao abrir a porta? perguntou. Era visível que ele estava completamente desnorteado e sentia-se o cheiro do álcool a distancia. Levantei, ele agarrou o meu braço esquerdo com muita força e levou-me para o quarto e atirou-me para cama, eu tremia de tanto medo, e encolhi-me com o tronco na parede e os joelhos sobre o queixo, ele nunca esteve deste jeito, tão estranho nem parecia ser o meu pai. Ele lutava para tirar o cinto.
- Eu nada fiz para apanhar pai! minhas  palavras reflectiam o medo. Medo era o sentimento que mais me atormentava, tinha medo de viver,medo de perder a única pessoa que tinha.
A primeira impressão que tive é que iria apanhar mas quando ele começou a lutar para tirar  a calça, não quis acreditar que o meu pai seria capaz de fazer o que eu pensava, tentei fugir, e assim que pulei da cama senti a fivela do cinto  sobre a minha costas, foi com uma grande força, e a dor era intensa, ele trancou a porta do quarto. 
- Sua vagabunda, queres tentar fugir de mim.  Não havia mais duvidas e comecei ter a certeza que o meu pensamento estava certo.
Tentei reagir, peguei na boneca de porcelana que tinha ganho  da minha avo e atirei contra ele, mas não chegou nem próximo, e senti a fivela sobre o rosto e comecei a sangrar, sentia o mundo a balançar, parecia que perdia o equilíbrio, e naquele momento ele empurrou-me pra cama rasgou o meu vestido de noite, eu tentei ainda resistir, mas já não tinha forças, e depois de tanta luta ele penetrou em  mim, e senti o sangue a escorrer sobre as minhas pernas, e lágrimas criavam um leito sobre o meu rosto.
Depois dele ter terminado não fechei os olhos e nem sequer tirei o meu olhar do tecto por nenhum segundo , parecia ter perdido os sentidos... 

 Continua....

      Duval Cabral in "lágrimas profundas"


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Albert Eisntein prova que Deus existe...


Sobre a originalidade desse artigo, achei melhor deixa-lo, a seu critério acreditar se essa idéia partiu de Einstein ou não e se ela lhe serve de algum modo. A mim, o que vale aqui, não é a autoria do mesmo, mas sim seu conteúdo.
Editando novamente o texto, quero reafirmar que não conheço o verdadeiro autor do mesmo (já ficou claro, isso) e que disponibilizo a dar os créditos à quem comprovar sua autoria. Não desejo, em momento algum ser dono da verdade, mas sim trazer novamente à tona a imagem do Deus do Bem e do Amor, independente de religião ou crença.
Alemanha
Inicio do século 20
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?”
Um aluno respondeu valentemente:
“Sim, Ele criou.”
“Deus criou tudo?”
Perguntou novamente o professor.
“Sim senhor”, respondeu o jovem.
O professor respondeu,
“Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?”
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse:
“Posso fazer uma pergunta, professor?”
“Lógico.” Foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
“Professor, o frio existe?”
“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”
O rapaz respondeu:
“De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.
O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”
“E, existe a escuridão?”
Continuou o estudante.
O professor respondeu: “Existe.”
O estudante respondeu:
“Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz.
A luz pode-se estudar, a escuridão não!
Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas.
A escuridão não!
Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?
Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
“Senhor, o mal existe?”
O professor respondeu:
“Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”
E o estudante respondeu:
“O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.
Deus não criou o mal.
Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz.
O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.
É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu:
“ALBERT EINSTEIN.”

 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"O actual estado da educação em Angola"


Obs: Excluindo a variável família.

 A educação é uma instituição social que ao longo da vida proporciona aos seus membros o aprendizado de crenças,valores,normas,atitudes e comportamentos considerados apropriados para os integrantes de determinada cultura.  A mais óbvia de todas as funções da escola é a transmissão de conhecimentos, graças a escola é que as pessoas aprendem a ler, escrever, e adquirem competência para o exercício das diferentes profissões.
A escola é provavelmente a instituição da qual as pessoas mais esperam que seja capaz de proporcionar soluções para os grandes problemas sociais. Pois educar um homem é uma obra, e um homem educado, é um homem novo.
A educação em angola ainda é bastante fraca, apesar de nos últimos 5 anos ter sofrido algumas melhorias, como o aumento de salas de aula, de professores, e o aumento de crianças e jovens enquadrados no ensino, mas uma coisa é clara caros leitores, quantidade nem sempre acarreta consigo a qualidade, O número de escolas publicas e privadas aumentaram  mais são poucas delas que apresentam condições para que elas cumpram com as suas funções.
Ainda é possível encontrar salas de aulas lotadas com mais de 40 alunos, professores que ensinam durante os 3 turnos  e todos dias da semana, e chegam a lecionar mais de duas disciplinas, são poucas as escolas que têm bibliotecas e laboratórios. O que representa uma agressão da escola para com os alunos e  professores.
Nas escolas do nosso país,  principalmente nas privadas, ocorre um grande problema , um problema que em Angola é muito comum em diversos sectores, que é a corrupção, onde muitos estudantes subornam os docentes para transitar  de ano e muitos deles com dificuldades em ler e escrever...Afinal o que estamos a fazer? A brincar de ensinar?
Em Angola existem mais de 20 universidades, número que tem a tendência de aumentar a cada ano, é que no nosso país a universidade é o negocio que está na moda... Não eu seja contra esse aumento, apenas fico triste em saber que muitas delas só estão interessadas no lucro, claro que ninguem quer perder dinheiro, mas a educação é o cérebro e o coração, é a força  motriz para o desenvolvimento de qualquer país. Não devemos gerir uma unidade de ensino como se fosse uma simples empresa onde o grande objectivo é o lucro, se não estaremos  a lançar meros diplomas, sem transformar o homem em um novo ser.
Nas universidades do nosso país é notável a falta  de qualidade  tanto das estruturas, dos docentes, e método de ensino. Quanto a estrutura, existem universidades que não deviam existir, não há condições no ponto de vista estrutural para serem aceites como universidades, onde em muitas delas existem bibliotecas e laboratórios fantasmas, ou seja, salas com a placa laboratório ou biblioteca, mas onde não existem equipamentos e nem sequer um livro. No ponto de vista de docentes tem sido uma loucura, em muitas delas existem professores licenciados e que chegam a ser em muitos dos casos a maioria entre os docentes de uma universidade. muitos destes docentes deviam estar a lecionar no ensino médio onde a qualidade de docentes é caótica. E é ainda notável no rosto de muitos docentes uma grande arrogância e um ar de superioridade incrível o que dificulta a relação entre docentes e alunos, sendo que a relação docente/aluno importante para a transmissão de conhecimentos. E para além da corrupção existentes nessas unidades de educação, existe um problema gravíssimo que é a dos favores sexuais...
E eu vou continuar a dizer que uma universidade sem investigação científica, não é uma universidade, mais sim uma unidade educacional muito abaixo de uma instituição do ensino superior.
 É necessário pararmos e pensar o que realmente estamos a fazer, pois a nossa economia tem crescido significativamente, e consequentemente o nosso mercado está a tornar-se cada vez mais amplo, e com isso vamos precisar de quadros capazes de lidar com essa transformação, e acreditem que isso não  vai acontecer daqui a 20 ou 30 anos, porque ela já começou, a transformação é continua e actualmente as mudanças ocorrem em segundos. E se tiveres duvida faz uma pequena observação ao nosso país, mais uma observação  com critérios, e notaras com certeza o número de estrangeiros que actualmente o nosso país tem, e procura saber o porque, e acredita, não é porque eles simplesmente amam Angola, mas sim porque o nosso mercado cresceu e não temos quadros capazes suficientes de suportar esse crescimento, porque no nosso país cria-se diplomas e não um homem novo...
É necessário o estado investir mais do que tem investido, e que cada empresário tenha consciência  de suas acções quando investe na educação.
Mas a principal mudança parte de cada um de nós, em exigirmos mais,  e ter na verdade a grande vontade de aprender. Pois o mundo muda a cada gesto nosso, e é necessário ser revolucionário todos os dias...    

domingo, 22 de setembro de 2013

Ayo.... "Uma voz incrível"

A minha dica de hoje baseia-se numa voz incrível, apaixonei-me por ela logo que ouvi a primeira música, ela chama-se Ayo.
Ayo, nasceu no dia 14 de Setembro de 1980 na cidade de Frechen, Alemanha, mas com ascendência nigeriana e romena.
Ayo é o seu nome artistico, o seu nome na realidade é Joy Olasunmibo Ogunmakin .
Aos 15 escreveu sua primeira canção, que era sobre sua mãe, e como ela lidou com sua traumática infância. Seu gosto musical foi influenciado pela grande coleção de discos de vinil de seu pai, que incluia Pink Floyd, Fela Kuti, Donny Hathaway, Jimmy Cliff e Bob Marley.
Seu álbum de estréia, Joyful, foi lançado em 2006, tendo sido gravado nos estúdios da Sony music em Nova York. Conquistou Disco de Platina duplo na França, Platina na Alemanha e na Polônia, Ouro na Suiça, Itália e Grécia. Foi relançado na Europa e na Coréia em junho de 2006, e nos Estados Unidos e Japão em novembro de 2007 pela Interscope Records.
Ela tem um filho, Nile, nascido em 2005, e uma filha, Billie-Eve, nascida em julho de 2010, com seu companheiro, o cantor afro-alemão de reggae Patrice.
O presidente da UNICEF na França, Jacques Hintzy, anunciou em 4 de fevereiro de 2009 a nomeação de Ayo para embaixadora do órgão para a promoção do direito à educação de todas as crianças do mundo.
A produtora francesa MK2 produziu em 2009 o filme Ayo Joy, um documentário de 90 minutos sobre a cantora e sua vida, dirigido por Raphaël Duroy. Estreou nos cinemas no início de 2010.
 
 
 
 
 

Como gostaria de ver a luz do dia



 
Cada noite que passa
a esperança se arrasta
sobre a solidão imunda
 
sinto o sangue frio
a percorrer sobre as veias lentamente
 
como gostaria de ver a luz do dia
 
a angustia esmaga o meu coração
e a raiva castiga
minha personalidade
 
como gostaria de ver a luz ao dia
 
quero sentir o cheiro do mar
Caminhar pelo pomar
E ter um ar puro para respirar
E no silêncio da noite poder cautelar
Sobre os problemas dessas terras
Que um dia irão  acabar
 
como gostaria de ver na luz do dia
 
mesmo próximo do fim da linha
ainda sonho em ver a luz do dia
e ser livre como uma andorinha

 Duval Cabral, in " A caneta e o pedaço de papel"

Tenho Tanto Sentimento


  
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
 

Navegando sobre a mente


Navego sobre a minha mente, destroçando pensamentos, questionando minha ordem cognitiva, iluminando meus neurônios, causando uma explosão. E distroços mergulham sobre minhas veias penetrando em meu coração, e em simples palavras exteriorizo o que sinto...

sábado, 21 de setembro de 2013

Acompanhe a viagem


O blog Navegando sobre a mente, surge com o objectivo de partilhar tudo o que acontece em minhas
viagens sobre a minha mente, para partilhar todas as minhas experiências, sentimentos e conhecimentos que vou adquirindo durante a minha vida. E para que isso aconteça o blog apresenta
um menu com 9 páginas:

Histórias: Onde serão publicadas contos, e pequenos textos de minha autoria.
Prosas e Poesia: Onde serão publicadas prosas e poesias de minha autoria.
Sociedade: Onde serão publicado assuntos realacionados à sociedade, em diversas áreas, como politica, economia, ciências, etc..
Clássicos: Onde serão publicados contos, poesias, textos, frases, e biografias de grandes escritores da literatura mundial.
Dicas: Onde darei várias sugestões em relação a musica, filmes, livros, e alguns conselhos.